O AVIÁRIO POLÍTICO

Wednesday, February 14, 2007


O QUE NÓS FAZEMOS


Na segunda feira passada, dia 12, houve um descarrilamento do metro de Mirandela, cujo comboio caiu sobre o rio Tua levado por uma derrocada de pedras devido à chuva dos últimos dias. Resultado: um morto, dois desaparecidos e dois feridos graves. Até aqui, infelizmente uma notícia banal de um acidente. Ao ver hoje o Correio da Manhã com as respectivas fotos do que aconteceu fiquei de cabelos em pé. Então não é que foram construir a linha do metro mesmo em cima duma ravina sem protecção nenhuma? E mais, será que não houve um estudo do terreno? E se houve que raio de estudo é esse que não previne uma coisa destas? Mas que raio de engenheiros é que temos no nosso País? E perguntam-me vocês, mas isto é um caso raro. Será? Então como é possível que ao construirem o metro do Terreiro do Paço em Lisboa, e ainda mais com todos os estudo feitos, aquilo caiu teve de ser tudo reforçado. E parece que está quase todo feito, mas quem não anda lá sei eu quem é. Eu, moi meme, je.

Ainda sobre o mesmo acidente da linha do Tua, a Refer, empresa que é responsável pela linha, disse que a mesma tinha sido vistoriada duas vezes este mês, quer por máquinas quer por uma brigada a pé. Que rica vistoria, sim senhor.

Friday, February 02, 2007


SOMOS PRISIONEIROS


Está desempregado? Então acredite que somos prisioneiros no nosso próprio País. Vejamos: com a nova reforma da segurança social e das novas leis, qualquer cidadão desempregado tem de se apresentar de 15 em 15 dias no Centro de Emprego da sua área. O que quer dizer que se o conjuge estiver de férias e quiser passar um mês com ele(a), por exemplo, na sua terra natal, não pode. Porque tem de se apresentar durante aquele prazo. Ou vai e volta cá para se apresentar ou então para não gastar dinheiro não vai. Ou ainda, só vai por quinze dias. Se por um mero acaso acaba de ficar desempregado, e é nessa altura que a pessoa está mais fragilizada, tem a pouca sorte de ser convidado para ir ao estrangeiro por uma semana ou duas, com tudo pago pela pessoa que convida e avisa o Centro de Emprego que não vai estar durante esse período arrisca-se a que no fim do mês tenha só metade do subsídio. Isto já aconteceu com uma pessoa minha conhecida. A minha indignação aqui fica registada.

Agora pergunto eu, vale a pena ser honesto neste País? Parece que não. Só os trafulhas prosperam.