O AVIÁRIO POLÍTICO

Sunday, November 19, 2006


TGV

Mais de mil milhões é quanto vai custar ao lado português a construção do comboio de alta velocidade, mais conhecido como TGV, sigla francesa que quer dizer: "train à grande vitesse".
Pergunto eu, na minha simplicidade, se valerá a pena dispôr de tanto dinheiro por uma construção que não é necessária e urgente. O Governo poderia fazer um referendo ao povo para saber se estaria de acordo ou não com esta feitura e tenho quase a certeza que a resposta seria um grande NÃO.
Sei também que não podemos estagnar no avanço da civilização, mas há prioridades e não vejo que esta seja prioritária.
Assim, vai-se gastar milhões numa obra quando há gente a passar fome e grandes dificuldades devido aos nossos queridos gestores que não sabem fazer outra coisa que não despedir. Sim, porque arranjar negócios para as empresas produzirem é dificil, não é? O fácil é pôr gente trabalhadora na rua. Mas não vou aqui bater, outra vez no ceguinho, porque já o fiz no post anterior.
O que me indigna são estas situações que podiam ser resolvidas de outra maneira. Mas não, tem de ser como eles querem.
Há se fosse uma mulher a mandar...

Monday, November 13, 2006


AS NOVAS REGRAS DE GESTÃO

Muito se tem falado nos despedimentos para as empresas poderem sobreviver. Até aqui todos sabemos que os gestores aprenderam que quando há crise, seja ela qual for, há que despedir. Mas aqui pergunto eu? Não será essa a via mais fácil? Até eu seria uma boa gestora se tivesse nessa situação. Mentira. Essa ou esta não é uma boa solução. Uma boa solução passa pelo gestor que ao ver uma crise tenta dar tudo por tudo para a empresa não ir abaixo. Mas ao que parece os nossos gestores estão mais preocupados com o seu umbigo do que com a empresa. Pensam que se a empresa vai abaixo ele deixa de ter dinheiro para os seus luxos, não pensa que os seus empregados deixam de comer. Um bom gestor é aquele que previne uma crise não o que deixa que ela apareça. É como na saúde há que prevenir para a doença não se instalar. Esse sim é um bom gestor. Tentar elevar a sua empresa sempre mais e não a deixar cair. Mas isso é dificil nem todos têm esse dom. Neste momento, os trabalhadores são considerados como números e não como pessoas.
Lí algures num artigo que nos Estados Unidos os actuais gestores estariam a voltar atrás com a sua conduta de trabalho. Estavam a voltar a contratar antigos trabalhadores, pois chegaram à conclusão que a experiência era mais valiosa que os novos que chegavam e por falta dessa mesma experiência davam cabo delas. Levou tempo mas entenderam isso, só espero que não seja tarde demais aqui nosso país a darem por isso. Porque a asneirada é tanta que eu não sei onde vamos parar. Não quer dizer porém, que não se dê lugar aos jovens, nada disso. Mas há que os pôr a aprender com os mais velhos antes de tomarem decisões que podem ser catastróficas para a empresa. Aí sim há que tirar o chapéu a quem utiliza essa velha máxima.
Há também a questão de que se há bom ambiente de trabalho a produção aumenta e esse é mais um factor que se perdeu no tempo. Será que é desta que as empresas vêm a maneira certa de actuar? Fica a pergunta no ar.

Monday, November 06, 2006


VOLTEI

Pois é voltei, não fugi. Só que estive com o computador avariado e agora já tenho mais um bocadinho para voltar à minha critiquice política.
Pois cá vai:
Todos os anos é o mesmo fadário, basta chover um pouco mais e as cheias alagam tudo sempre nos mesmos sítios.
"Em declarações à Lusa, Fernando Ruas disse que a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) pretende que o Executivo crie medidas de "carácter genérico e abstracto", que permitam que todos os municípios que se confrontam com "situações de crise" causadas pelo mau tempo não tenham ainda de se confrontar com a "morosidade" dos processos administrativos, o que só pioraria a situação da população". - diz o jornal Público online de hoje.
Estas medidas genéricas e abstractas eu não entendo. O que eu entendo é que se crie medidas urgentes e concretas para minimizar ou mesmo radicalizar estes efeitos sazonais. Já é altura de pormos o Governo a trabalhar como deve ser em vez do sr. primeiro-ministro estar agora preocupado com o congresso do PS, quando devia de estar em "stand by" em relação ao partido e dar mais apoio a estes problemas que são muito mais importantes do que o congresso neste momento.
Senhor primeiro-ministro não é o senhor que tem a sua casa com água até ao joelho, não é o senhor que tem as suas searas alagadas, não é o senhor que vai pagar os prejuízos. Sim, porque se bem me lembro a população do Alentejo ainda está à espera das ajudas prometidas das cheias de alguns anos atrás.