O AVIÁRIO POLÍTICO

Thursday, December 28, 2006


NOVOS AUMENTOS

O novo ano está à porta e como todos os anos os empresários, e não só, aproveitam para impôr novos preços em tudo que é possível. Eles são os transportes, os combustíveis, a alimentação, o pão, enfim em tudo. E os ordenados népia. Ou se há aumentos são tão pequenos que não dá para fazer face aos ditos aumentos. Então o pão é de bradar aos céus, porque sempre foi e será o principal alimento dos pobres.
Eu fui do tempo em que se comia mais peixe do que carne, porque era mais barato. Lembro-me bem de se comprar uma posta de bacalhau demolhado e dava para a família inteira. E ainda houve situações piores, mas já só vou para estas. Lembro-me também que em casa da minha mãe o principal alimento era a sopa, porque era o que ficava mais em conta. E lembro-me também de na escola me ensinarem a fazer sopa com um osso de vaca, além de mais barato sempre tinha uma certa gordura para alimentar. E tudo isto para referir que a continuar assim vamos parar a esses tempos, se não chegámos já.
E tenho a impressão que não estou muito enganada, porque veja-se: como é que os reformados comem se os medicamentos de que necessitam são tão caros? E muitas vezes nem os compram todos porque não podem. Ou compram remédios ou passam fome. E se a saúde agrava-se vão parar ao hospital e por lá ficam. Quantos não há que fazem tudo para lá ficar porque não têm para onde ir, nem família que os acolha. Ali sempre têm cama, remédios e roupa do hospital, porque a sua já era.
E vivemos nós neste país de egoistas que só olham para o seu umbigo e quando fazem reformas são de tal ordem que é de bradar aos céus.
E para compôr isto tudo cá vai mais uns aumentozinhos.

1 Comments:

  • At 5:48 AM, Anonymous Anonymous said…

    É verdade Ana

    O que mais me intriga é que a pobreza, em Portugal, é hoje disfarçada. As pessoas passam necessidade mas têm vergonha de admiti-lo. Isto num país que está há 20 anos na União Europeia, e que recebeu tantos fundos. Hoje mesmo fiz esse reparo no meu blog.

    Um abraço

     

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